Apesar de o preço do dinheiro estar de novo em valores historicamente baixos, as taxas euribor não têm acompanhado essa tendência. A falta de liquidez e o receio da conjuntura faz com que os bancos não arrisquem.
O preço do dinheiro está, de novo, em valores historicamente baixos, isto depois de o BCE ter decidido, na semana passada, cortar as taxas de juro para um por cento.
No entanto, ao contrário do que seria de esperar, esta redução não está a sentir-se, por exemplo, nas prestações da casa.
As taxas euribor, que servem de referência, não acompanharam desta vez a tendência de queda, o que acaba por confirmar um congelamento do mercado interbancário.
Ouvido pela TSF, o director do jornal Dinheiro Vivo, André Macedo, explicou que os bancos, sem liquidez e com receio da conjuntura, preferem não arriscar.
«O mercado dos empréstimos que os bancos fazem uns aos outros está praticamente congelado, ou seja, não funciona. Como os bancos não sabem qual deles está em melhor ou pior situação e corre mais riscos de ter problemas, não emprestam dinheiro entre eles», afirmou.