A Quercus entende que o processo de construção da barragem do Tua é «no mínimo estranho», ao passo que Os Verdes querem o fim da construção desta barragem.
O secretário de Estado da Cultura foi recebido, esta quarta-feira, com um protesto à chegada à Régua contra a construção da barragem do Tua, que, segundo os manifestantes, coloca em causa a classificação do Douro como Património Mundial.
No Museu do Douro surgiram tarjas com frases como «as barragens afundam o património» e dentro da sala os protestos multiplicaram-se contra o desnível acentuado da barragem do Tua.
João Branco, da Quercus, explicou que o importante é que o «país saiba que há pessoas que acreditam que a construção da barragem do Foz-Tua pode ser travada» no meio de um «processo no mínimo estranho».
Manuela Cunha, do Partido Ecologista Os Verdes, defendeu o fim da construção desta barragem, que resulta numa «ferida aberta que irá infectar esta região e irá gangrenar a região e fazer perder a classificação» do Alto Douro Vinhateiro.
Por seu lado, o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, disse que o Governo não admite perder esta classificação, algo que «depende de conseguirmos minimizar todos os efeitos negativos que a barragem pode ter e de consensos».