A Direcção-Geral da Saúde (DGS) aconselha as mulheres que fizeram implantes mamários de silicone do fabricante Poly Implant Prothese (PIP) a consultar um cirurgião ou médico assistente para exames de vigilância.
«Se bem que não se considere uma emergência, aconselham-se as mulheres que fizeram implantes da marca PIP a consultarem o cirurgião ou médico assistente na Unidade onde lhes foi colocado o implante a fim de poderem ser submetidas a exames de vigilância», refere o comunicado da DGS.
Este comunicado da DGS surge na sequência das informações divulgadas pelas autoridades de saúde francesas sobre a suspeita de complicações decorrentes da colocação de implantes mamários de silicone da PIP.
No mesmo documento, a DGS refere que em Portugal cerca de três por cento de todas as próteses mamárias implantadas são da marca PIP, estimando-se que 1500 a 2000 portuguesas tenham estas próteses implantadas.
O comunicado relembra que em Março de 2010, o Infarmed suspendeu, em Portugal, a comercialização de implantes mamários da marca.
Segundo o jornal Libération, as autoridades de saúde francesas vão pedir às 30 mil portadoras de implantes mamários da marca PIP (Poly implants prothèses), em França e no estrangeiro, que os retirem como medida de precaução.
As próteses da marca francesa PIP apresentam defeitos, suspeitando-se que tenham causado a morte de pelo menos uma mulher, escreveu o Libération.
A marca PIP, fundada em 1991, na Costa Azul francesa, perto de Tolón, chegou a ser o quarto fabricante mundial de implantes mamários.
Em Portugal, estes implantes mamários são comercializados pelo distribuidor JMV Produtos Hospitalares, Lda.