Mafalda Velez Horta foi colocada em liberdade pelo tribunal, na quinta-feira, por falta de provas, embora impedida de sair do país.
Contactado hoje pela Lusa, o advogado de Mafalda Velez Horta disse que o Ministério Público são-tomense imputou à portuguesa os crimes de subtração fraudulenta de menores e falsificação de documentos.«O senhor juiz analisou o processo e viu que não há cometimento de crime nenhum. Por isso mandou o processo para trás para se arranjarem mais provas por não haver indício de crime nenhum», afirmou o advogado.
A portuguesa residente em São Tomé e Príncipe foi detida na terça-feira, depois de ter sido denunciada publicamente na véspera pela jurista são-tomense Celisa Deus Lima por alegado envolvimento numa rede de tráfico de menores, acusação que a visada desmentiu categoricamente.
Celisa Lima acusou Mafalda Horta de se fazer passar por advogada no estrangeiro para trabalhos de adoção internacional.
Na mesma altura, e em declarações aos jornalistas, Mafalda Horta negou fazer parte de qualquer rede de tráfico de menores e confirmou ter participado em "alguns processos" de adoção, mas tudo dentro da legalidade, declarando-se "orgulhosa com o trabalho feito".
Numa nota enviada à agência Lusa, o Instituto da Segurança Social (ISS), na qualidade de Autoridade Central para a Adopção Internacional em Portugal, explicou que apenas sabe deste caso pela comunicação social e que vai pedir mais esclarecimentos junto das autoridades de São Tomé.
A Lusa não obteve ainda qualquer esclarecimento das autoridades são-tomenses sobre este caso.