Política

Mensagem de Natal do PM não convenceu a oposição

Pedro Passos Coelho dr

PS e PCP consideraram que as palavras do primeiro-ministro não correspondem aos actos e não concretizam as medidas para dar a volta à crise.

Na mensagem de Natal aos portugueses, o primeiro-ministro, Passos Coelho, disse que compreende o sofrimento que todos estão a passar, e até admitiu injustiças por parte do Estado.

Pedro Passos Coelho assumiu um sentimento de partilha com todos os portugueses, com o esforço que está a ser pedido, e reiterou que 2012 será um ano de grandes mudanças no Estado e na sociedade.

Em reacção, João Ribeiro, do Partido Socialista (PS), que escutou a mensagem do primeiro-ministro, insistiu na ideia de que Passos Coelho não concretiza as medidas para dar a volta à crise.

«O primeiro-ministro mais do que dizer o que se deve fazer, deve concretizar, deve apresentar medidas e executa-las. Esperavamos também um pouco mais de contrição nesta quadra natalícia, mais contrição do Governo, do primeiro-ministro, sobretudo pelas promessas que não cumpriu e pela insensibilidade social que tantas medidas revelaram», comentou o socialista.

«O que nós ouvimos da parte do Governo são anúncios que vai fazer coisas estruturais mas ainda não as conhecemos», concluiu.

Já pela voz do PCP, João Cordeiro, frisou que as palavras de Passos Coelho não correspondem aos actos.

«Um conjunto de palavras falsas que soam a mentira aos ouvidos dos portugueses, sob as quais, e a pretexto e a nome de anunciadas reformas estruturais, aquilo que está prometido é mais pobreza, mais injustiças, mais exploração, mais horas de trabalho não pagas, retirada de direitos, roubo de salários», destacou João Cordeiro.

Redação