Há dez anos estávamos a contar os escudos para comprar o espumante e as passas. Depois das doze badaladas os mais curiosos levantaram no multibanco as primeiras notas de euro.
Passada uma década e depois das contas difíceis do início, o economista João César das Neves faz um balanço positivo do euro e aponta alguns exemplos.
«Os nossos preços passaram a estar definidos na mesma moeda que todos os outros países principais da Europa e os produtos passaram a não ter aquele risco cambial, baixou também drasticamente o custo do crédito, todo o financiamento e facilidade de acesso ao crédito foi muito melhor», considera.
Outro economista e gestor, Luís Nazaré, reflecte sobre as vantagens e desvantagens do crédito mais fácil.
«Quem não soube lidar bem com o crédito foram aqueles que nos emprestaram dinheiro em primeiro lugar, sempre aprendi na vida que há a procura, sejam as famílias, as empresas ou o Estado, mas quem tem a última palavra são as entidades que emprestam dinheiro», salienta.