O vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Paulo Nunes de Almeida, avisa que é preciso internacionalizar, ficar só pela Península Ibérica não vai ser suficiente.
«As empresas que vivem fundamentalmente do mercado ibérico vão ressentir-se muito, porque é previsível uma redução acentuada da procura, portanto vão vender menos e por isso têm que reduzir os seus custos para que se possam manter-se em actividade», defende o vice-presidente da AEP.
Paulo Nunes de Almeida realça ainda que existe uma «grande abertura dos empresários para tentar captar novos mercados, já com resultados em 2010 e 2011, sendo que as empresas que se lançarem em ofensivas de internacionalização podem compensar essa quebra e beneficiar de alguns mercados com retoma melhor do que a nossa».
Em 2011 as falências dispararam 12 por cento em relação ao ano anterior. O vice-presidente da AEP lembra que as falências são o resultado da crise, mas considera que foram agravadas com as obrigações fiscais, assim como o crédito mais escassos e caro.
Paulo Nunes de Almeida atribui também esta situação à incerteza que se viveu sobre se o Governo ia ou não pedir ajuda internacional.