O PCP e Bloco de Esquerda prometeram levar até ao fim a denúncia de situações de ilegalidade e promiscuidade alegadamente existentes nos serviços de informações nacionais.
Segundo a edição de hoje do jornal Público, o relatório preliminar apresentado pelo PSD sobre as audições realizadas na Assembleia da República relativas à atividade dos serviços secretos portugueses, ao contrário da versão de 28 de outubro passado, não contém agora referências a ligações de titulares de cargos de chefia das secretas à maçonaria.
Perante estes dados, o deputado comunista António Filipe referiu que «factos são factos», mas, na sua perspetiva, «mais do que as mudanças que possam ocorrer entre versões de relatórios propostos pelo PSD, é verdadeiramente preocupante a situação dos serviços de informações».
Para António Filipe, o país está confrontado «com factos gravíssimos relativamente aos quais não foram tiradas quaisquer consequências, o que revela que ninguém está a salvo de práticas ilegais cometidas pelos serviços de informações e que o modelo de fiscalização instituído faliu completamente».
Já a deputada do Bloco de Esquerda Cecília Honório prometeu, em declarações à TSF, denunciar até ao fim qualquer ilegaliddae ou situação de promiscuidade que possa existir nos serviços secretos.
«Nós não temos nenhuma disponibilidade para que haja qualquer branqueamento político das irregularidades e ilegalidades de que fomos tomando nota ao longo deste processo. Era nossa expectativa que as sanções disciplinares fossem exemplares, mas não temos até hoje prova factual que assim tenha sido», referiu Cecília Honório.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]