Portugal

Introdução de portagens faz baixar tráfego nas antigas SCUT

EN16 TSF - Amadeu Araújo

Um mês após o fim das últimas SCUT, a TSF voltou a viajar pela EN125, alternativa à A22, e pela EN16, alternativa à A25, para concluir que as auto-estradas são agora menos frequentadas do que acontecia antes da introdução das portagens.

Na Via do Infante (A22), as áreas de serviço concessionários não querem fornecer números, mas os poucos automobilistas que continuam a usar esta auto-estrada são os primeiros a notar a redução de tráfego.

Um destes automobilistas, cuja empresa onde trabalha paga as portagens, receia que «no futuro, irá haver alguma contenção, mas, por enquanto, as coisas estão como estavam».

«Há menos gente na Via do Infante. Ao fim-de-semana, então é um deserto autêntico», afirmou este automobilista, que nota também uma redução acentuada na afluência às áreas de serviço.

Na EN125, alternativa à Via do Infante, há uma melhoria nos negócios, porque o tráfego aumentou bastante. «Em meia hora ia e vinha e agora há muita confusão e muitos mais acidentes», explica uma funcionária de um café na EN125.

Telma Jerónimo, que trabalha numa gasolineira na EN125, nota também caras novas no local onde trabalha, mas lembra que neste «rua» entre 16:00 e as 20:00 o trânsito é um «caos».

Há também mais trânsito nas alternativas a A25, em especial na EN16, contudo, os negócios não melhoraram, apesar de haver mais movimento nas aldeias.

Os habitantes locais falam em mais acidentes e numa redução do movimento na A25, por causa do «custo elevadíssimo» das portagens numa região «sem grandes meios para fazer face a essas despesas».

«Agora tudo procura as alternativas. Não são muito próprias, mas claro há sempre aquela ideia de poder fugir à auto-estrada para poupar algum», acrescentou Orlando Moreira, proprietário de um restaurante local.