Saúde

Corrida às reformas dos médicos levou a menos 40 mil cirurgias

Cirurgia

O presidente do SIM revelou que foram realizadas menos 40 mil cirurgias no último trimestre de 2011, em relação a período homólogo de 2010, uma baixa que resulta da aposentação dos médicos.

«Este é o resultado catastrófico das reformas antecipadas dos médicos», disse o presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), no final de uma audiência na Comissão Parlamentar de Saúde, onde também foram ouvidos representantes da Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

Para o dirigente sindicalista, esta diminuição de cirurgias resulta da corrida dos médicos às reformas, que se traduz, para já, em 1.600 médicos aposentados nos últimos 18 meses.

Carlos Arroz afirmou ainda que o tempo de espera por uma consulta também aumentou 20 dias.

Este foi apenas um dos indicadores que, na opinião do sindicalista, reflete a «falência» do Serviço Nacional de Saúde (SNS), cuja próxima consequência deverá ser o encerramento de alguns serviços de urgência.

Isto porque, dentro de pouco tempo, os hospitais deverão ter dificuldade em assegurar escalas de urgência, uma vez que «muitos médicos» estão dispostos a realizar apenas as 100 horas anuais de trabalho extraordinário a que estão obrigados por lei.

Nas contas de Carlos Arroz, a partir de março, o «plafond» das 100 horas deverá estar esgotado e dificilmente as escalas para os serviços de urgência poderão ser asseguradas.

Em matéria de horas extraordinárias, o presidente do SIM reconheceu que a diminuição dos valores contribui para esta tomada de posição dos médicos.

[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico)