O presidente do Governo Regional avisou hoje que não assinará nenhum plano de assistência financeira à Madeira se entender que o que lhe for proposto não é «inexequível».
Na tomada de posse dos novos órgãos sociais da Associação de Jovens Empresários da Madeira, Alberto João Jardim afirmou que o «resultado disto, se não se assinar agora, é uma crise política. Mas não é a crise que pretendem em Lisboa, que é o governo demitir-se para fazer a vontade aos senhores de Lisboa».
«Já lá foi o tempo em que Lisboa escolhia o governador da Madeira. Acabou-se. Aqui é o povo madeirense que escolhe», declarou Alberto João Jardim.
Jardim considera que a alternativa à não assinatura «é continuar a falta de liquidez e isto cair num descalabro ainda maior, mas esse descalabro vem daqui a seis meses, estamos a adiar um problema», explicou.
«Porque se nós assinarmos uma coisa que não podermos cumprir o descalabro que não seria agora, seria daqui a seis meses», referiu.
Alberto João Jardim disse também que não voltará a assinar um documento em que o Governo não se comprometa com datas e verbas.
«Esta coisa de dizer 'assine aqui as obrigações e depois o dinheiro vai-se ver', que sucedeu na carta de intenções, porque nós aflitos com as farmácias, aflitos com os salários, a minha preocupação foi assinar aquilo, a verdade é que depois vimos que afinal já não vai tanto», alertou Jardim, acrescentando que «nenhum Governo responsável em meu lugar assina um documento sem as coisas estarem devidamente clarinhas».