Luís Raposo disse, esta quinta-feira, à TSF que «é inédito o facto de um director de um museu nacional não ser reconduzido no cargo sem um fundamento».
O arqueólogo, ligado ao Museu Nacional de Arqueologia há mais de 30 anos sendo director do mesmo há um ano, não quis gravar declarações por entender que precisa de reflectir mais uns dias, mas admitiu estranhar esta decisão.
Luís Raposo tomou conhecimento por despacho de que não lhe será renovada a comissão como director do museu, terminando as suas funções a 28 de Fevereiro.
O ainda director do museu mostrou-se disponível para assegurar a gestão corrente do museu até à abertura de um concurso público para encontrar um substituto.
Questionado pela TSF se estaria disponível para concorrer ao mesmo cargo, o arqueólogo afirmou não existir nenhum impedimento legal, mas acrescentou que esse é um assunto sobre o qual ainda vai reflectir. Tudo depende das razões da sua não recondução, explicou.
Luís Raposo não quer acreditar que esta decisão possa estar relacionada com algumas posições mais críticas que vem assumindo.
Um dos casos mais mediáticos está relacionado com a transferência do Museu Nacional de Arqueologia para a Cordoaria Nacional.
«São posições de crítica e oposição que não agradam a todos», admitiu, mas que mantém na qualidade de dirigente associativo.
Luís Raposo é presidente eleito da Comissão Portuguesa do Conselho Internacional de Museus e representante, também eleito, da Rede Portuguesa de Museus no Conselho Nacional de Cultura.