Educação

Directores de turma preocupados com o fim da formação cívica

Miguel Esperança, presidente do Conselho de Escolas, considera que o «espaço que o director de turma tinha é fundamental» e que com o fim da formação cívica nas escolas os professores ficaram sem tempo para debater as questões disciplinares dos alunos.

Os professores queixam-se de que, com o fim da formação cívica nas escolas, ficaram sem tempo para debater as questões disciplinares dos alunos. Pretendem por isso uma hora específica para debater essas questões, sem prejudicar o tempo de aulas.

«Aquele espaço que o director de turma tinha é fundamental para não estar a roubar tempo à sua disciplina com assuntos relacionados com a turma de que é director» refere, em declarações à TSF, Miguel Esperança, presidente do Conselho de Escolas.

A proposta de revisão da estrutura curricular que o Governo tem em consulta pública passa ainda para as escolas a capacidade de definirem os minutos das aulas. Quanto a esta questão, Manuel Esperança considera ser necessário algum cuidado pedagógico. «Numa escola com ensino secundário e ensino básico, claro que as coisas têm de ser acauteladas» sublinha.

O Ministro da Educação, Nuno Crato, recebeu esta sexta-feira algumas centenas de directores escolares da Região de Lisboa e Vale do Tejo para debater a revisão curricular. Em declarações à agência Lusa o Ministro da Educação já fez saber que é sensível aos argumentos dos dos directores, esclarecendo que a questão da formação cívica não é ainda uma proposta fechada.

Com base na revisão em causa, as escolas ficam ainda a saber que o apoio ao estudo passa a ser uma componente não lectiva dos professores e as aulas de laboratório passam a funcionar apenas para o 3.º ciclo.