O ministro Miguel Relvas diz que a resposta às agências de 'rating', que cortaram a nota de Portugal, precisa de ser dada pela União Europeia.
«A resposta já não é uma resposta que tenha que ser dada por Portugal. É uma resposta que tem de ser dada por todos os países da União Europeia. E o que se passou ontem (sexta-feira) tem também a dimensão de ter condicionado a posição em relação a países com importância na Europa, como a França», disse Miguel Relvas, à chegada a Luanda para uma visita de trabalho de três dias.
A Standard & Poor's cortou na sexta-feira o 'rating' de Portugal em dois níveis, de BBB- para BB, passando assim a nota para um nível já considerado 'lixo' ('junk'), tal como o havia feito a Moody's e a Fitch.
Além de Portugal, França e Áustria sofreram um corte de um nível, perdendo o seu estatuto de países com 'rating' máximo de todas as agências.
«Portugal já há 6 meses, Espanha e a Itália agora, estão no caminho certo com políticas de contenção da despesa publica, de reequilíbrios dos orçamentos. O que se passa com as agências (de 'rating') tem também muito a ver, não só com uma visão financeira, mas também com a circunstância e o modelo em relação à Europa», acrescentou.
Relativamente à visita a Angola, o ministro salientou a importância dos acordos que vão ser assinados entre a agência Lusa e a Medianova, o maior grupo privado angolano de comunicação social e entre a RTP e a Televisão Pública de Angola.
«Estes esforços que vamos fazer na área da comunicação social, o que significa uma cooperação na área da língua, na área da cultura, significa uma aposta de reforço das relações entre os dois povos, muito viradas para o futuro», considerou.
Por outro lado, considerou que Angola é atualmente um «mercado muito importante para as empresas portuguesas», razão por que salientou a necessidade de prosseguir nesse caminho.