Economia

PCP responsabiliza «pacto de agressão» da troika pela descida de 'rating'

Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP reafirmou que as agências de 'rating' não são o problema de Portugal, mas sim a aplicação do memorando da troika que o líder comunista apelida de «pacto de agressão».

Minimizando a descida efetuada pela agência de notação Standard & Poors de Portugal em dois níveis, de BBB- para BB, considerado «lixo», o secretário geral do PCP recordou que «desde a primeira hora» defende que o cumprimento das «imposições» da troika são «o caminho para o desastre».

«O problema não são as agências. Com a aplicação do pacto de agressão, sempre afirmámos que este era o caminho para o desastre, com mais desemprego, mais dificuldades para o nosso país. Essas agências apenas confirmam o que vai sendo dito que não estamos hoje pior para ficar melhor mais à frente (...) com a aplicação do pacto de agressão e das medidas que comporta, estamos pior agora para ficar ainda pior no futuro», disse.

Jerónimo de Sousa apontou como alternativa o país «confiar nas suas potencialidades, no seu aparelho produtivo, na valorização dos salários e das pensões».

«Não nos podemos conformar com a ideia de que não há alternativa ao caminho para o desastre», frisou.

«De agência em agência, de 'rating' em 'rating', de análise em análise (...) de estudos em estudos, nomeadamente em relação ao desemprego, tudo indica que esta descida é mais um elemento que confirma o que o PCP diz desde a primeira hora: O memorando da troika não resolve problema nenhum do país e significa um retrocesso», destacou.

[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]