A chanceler alemã considerou, em entrevista à rádio Deutschlandfunk que será difundida este domingo, que a Grécia não conseguirá vencer a crise da dívida soberana com meios próprios.
É por isso, continuou, que está a ser negociado um perdão de 50 por cento da dívida grega.
Mesmo assim, alertou Angela Merkel, só em 2020 é que o país conseguirá reduzir o défice público em 120 por cento do Produto Interno Bruno (PIB), o nível actual da Itália. É este o objectivo que se pretende atingir, acrescentou.
O longo período que a Grécia vai precisar até poder voltar aos mercados indica a extrema gravidade de liquidez grega, considerou a governante, referindo, no entanto, que existe a esperança de que depois de uma conseguida reconversão da divida, o país se levante.
É certo que os cortes travaram o crescimento da economia do país, mas no passado houve casos em que reformas estruturais geraram crescimento, ou seja, a seguir à fase de recessão surgiu uma fase de forte crescimento económico, afirmou, sublinhando que para tal é preciso que as reformas estruturais, que nunca produzem efeitos imediatos, sejam implementadas com veemência.