A Organização Marítima Internacional (OMI) apela à contenção na especulação e pede um inquérito rápido às causas do acidente do Costa Concordia.
«Devemos esperar pela investigação e não devemos julgar antecipadamente ou especular nesta altura», defendeu hoje Koji Sekimizu em Londres, sede da OMI, na abertura de uma sessão sobre segurança marítima.
O secretário-geral da Organização Marítima Internacional apelou ainda para que a administração do país onde o navio de cruzeiro está registado «leve a cabo a investigação da ocorrência cobrindo todos os aspetos deste acidente e providencie os resultados à OMI o mais rapidamente possível».
Prometendo que o acidente não será ignorado, adiantou que a agência da ONU deve «analisar as lições a aprender e, se necessário, reexaminar os regulamentos sobre a segurança de grandes navios de transporte de passageiros». «No ano do centenário do Titanic, mais uma vez fomos lembrados dos riscos envolvidos nas atividades marítimas», relembrou Koji Sekimizu.
Já em Itália, o dono do navio afirmou que o naufrágio do Costa Concordia provocado por erro do comandante. Em comunicado de imprensa o proprietário do paquete homenageou os restantes membros da tripulação que conseguiram retirar cerca de 4 mil passageiros em duas horas.
Na sequência do naufrágio as autoridades receiam também uma tragédia ambiental, uma vez que existem ainda nos tanques mais de 2 300 toneladas de gasóleo.