O presidente da Câmara de Coruche revelou à TSF a sua preocupação com os 400 trabalhadores da TEGAEL, que anunciou hoje o encerramento da unidade que tem no concelho.
A empresa TEGAEL, o maior empregador de Corcuche, confirmou esta tarde que vai cessar actividade, garantindo porém o cumprimento de todas as responsabilidades para com os trabalhadores.
Em comunicado, a empresa de instalação de redes eléctricas e de infraestruturas para telecomunicações móveis explica que o encerramento foi programado, por isso afasta o cenário de insolvência.
Contactado pela TSF, Dionísio Mendes, presidente da Câmara de Coruche, que esta segunda-feira esteve reunido com os responsáveis da TEGAEL, disse não acreditar que a maior parte dos 400 trabalhadores possa ser recolocada em outras fábricas do grupo.
«Mais de 300 [destes trabalhadores] são do concelho de Coruche e estamos a falar de um despedimento que pode atingir 60 ou 70 por cento das pessoas porque a hipótese que se põe é algumas virem a integrar empresas do grupo em que a TEGAEL está inserida, mas sempre na perspectiva da extinção da empresa», explicou.
«Isto é que é muito pesado para o concelho. Alguns dos 20 ou 30 por cento que ficarão a trabalhar será noutras empresas, ficarão deslocalizados de Coruche com encargos maiores, em termos de deslocação, com um vencimento porventura menor e para a economia do concelho é um prejuízo brutal», alertou o autarca.
Dionísio Mendes revelou que ainda não há data para o fecho da definitivo da empresa.
«A ideia seria fazer paulatinamente este encerramento de maneira a que a empresa possa continuar a fazer trabalho, a assumir as suas responsabilidades com os donos de obra, possam continuar a receber as suas facturas, possa pagar a quem deve, nomeadamente aos seus fornecedores e trabalhadores, ou seja, que possa ir gerindo esta situação ao longo deste ano», esclareceu o autarca.