O director-geral da Administração da Justiça acusa a Ordem dos Advogados de não ter respeitado a parceria com o Ministério da Justiça na auditoria feita aos advogados das oficiosas.
Em declarações à TSF, o director-geral da Administração da Justiça, Pedro Lima Gonçalves, diz que a Ordem nunca respondeu às diligências feitas junto dos tribunais e que é daí que resulta a diferença de números.
«Nós colocámos à disposição da Ordem todos os dados que tínhamos e precisávamos de uma resposta da Ordem no sentido de dizer que aquilo estava bem ou mal. A nossa posição tanto foi de uma clareza absoluta que perante o silêncio da Ordem fizemos os relatório com os dados que tínhamos e colocamos as situações em que, na nossa perspectiva, o Estado era lesado em algumas situações como noutras situações em que os advogados pediram menos a que tinham direito», esclareceu.
«Nós não escondemos dado nenhum, nem temos a pretensão de termos a verdade absoluta», referiu Pedro Lima Gonçalves, acrescentando que a informação passada à ministra da Justiça «foi sem ter em conta a resposta da Ordem dos Advogados».
Depois de saber que a Ordem dos Advogados pretende responsabilizar criminalmente os dirigentes do Ministério da Justiça, Pedro Lima Gonçalves garantiu que tem total confiança nos funcionários que recolheram os dados apresentados na auditoria do ministério.
«Nós temos a consciência de que muitos milhares de pessoas nos tribunais trabalharam com todo o respeito para com os advogados, portanto enquanto não tivermos nenhum elemento em sentido contrário continuaremos a defender os nossos oficiais de justiça porque entendemos que fizeram um bom trabalho», assegurou.
Esta tarde, a Ordem dos Advogados apresentou as suas conclusões sobre o trabalho dos advogados que prestam apoio judiciário, e os resultados são muito distintos dos que foram anunciados pelo Ministério da Justiça.