Portugal

Maçonaria fora das audições ao SIRP e SIED

Parlamento dr

O presidente da comissão de Defesa recusou revelar pormenores da audiência, mas o PS, depois de ouvir os responsáveis do SIRP e do SIED, considera que «ainda há um longo caminho a percorrer».

Secretismo absoluto sobre a audição às secretas. No final, o presidente da comissão de Defesa limitava-se a relembrar as razões para os responsáveis do SIRP e do SIED terem sido chamados de novo ao Parlamento.

«Analisar do ponto de vista da comissão de defesa se houve ou não eventuais consequências sobre o funcionamento dos serviços de estratégia e de defesa», respondeu Matos Correia, o presidente da comissão de Defesa, recusando declarar que isso ficou claro ou não nestas audiências.

O secretário-geral do SIRP e o director do SIED saíram sem prestar declarações aos jornalistas.

Lá dentro, os deputados que fizeram perguntas sobre a maçonaria não ouviram resposta, uma vez que essa abordagem já tinha sido feita na primeira comissão. Matos Correia sublinhava que ele próprio tinha poupado Júlio Pereira e Casimiro Morgado a algumas respostas.

«Não foram todas respondidas e algumas delas por iniciativa do presidente da comissão, ou seja, eu próprio, precisamente porque se tratava de repetir perguntas que já foram feitas na primeira comissão», esclareceu.

Do lado do PS, Marcos Perestrello saiu da reunião a dizer que viu os responsáveis das secretas empenhados em tomar medidas para estabilizar os serviços, depois do rol de notícias que vieram a público.

«Há uma percepção dos riscos daquilo que tem vindo a ser público, há a preocupação dos dirigentes dos serviços de encarar esses riscos, da nossa parte entendo que ainda há um caminho a percorrer», referiu.

O deputado socialista lembra que o PS já divulgou uma proposta para impedir que funcionários das secretas passem directamente para empresas privadas, como foi o caso de Silva Carvalho, mas não fecha a porta à possibilidade de apresentar outras sugestões.

Quanto à hipótese de uma comissão de inquérito, Perestrello sublinha que, para já, o caso está entregue ao Ministério Público e à Procuradoria.