O recuo do Governo que em concertação social deixou cair a proposta da meia hora extra de trabalho até é bem-vindo no grupo Jerónimo Martins. A garantia é de Alexandre Soares dos Santos.
O presidente não executivo do grupo Jerónimo Martins, recentemente envolvido na polémica da transferência para a Holanda da sociedade detentora da maioria do capital do grupo do Pingo Doce, revela que a meia hora a mais só complicaria a vida da empresa.
«No nosso caso quer na indústria, quer na distribuição, o facto da meia hora e de trabalharmos em turnos, complicava a vida. Sou muito mais apologista das condições de despedimento serem muito mais largas do que as que havia», comentou.
Soares dos Santos acrescenta ainda que o problema das empresas portuguesas não é o custo do trabalho, mas a produtividade. O presidente não executivo do grupo Jerónimo Martins diz-se ainda contra as políticas de baixos salários.
«A política de salários baixos é errada, não convence ninguém a trabalhar mais e a faltar menos. Portanto, há aqui um problema da produtividade e do pagamento justo que dê ânimo às pessoas para trabalharem», afirmou.
Alexandre Soares dos Santos é esta noite homenageado pela revista expresso no Âmbito dos prémios «Maiores e Melhores empresas». O presidente não executivo do grupo Jerónimo Martins vai receber o troféu excelência na liderança.