A justiça italiana decidiu aplicar a medida de coação de prisão domiciliária ao capitão do paquete, detido em Grosseto, por responsabilidade no naufrágio, que causou pelo menos 11 mortos.
Processado por homicídio múltiplo por imprudência, naufrágio e abandono do navio, Francesco Schettino foi detido sábado por ordem do procurador chefe de Grosseto, Francesco Verusio, que alegou «risco de fuga e ocultação de provas».
Durante o interrogatório perante um juiz de instrução, que durou cerca de três horas, o comandante «deu as suas explicações», nomeadamente quanto ao atraso em dar o alerta, após o navio ter embatido num rochedo a menos de 500 metros da costa da ilha de Giglio, disse o advogado de Schettino, Bruno Leporatti.
Ainda de acordo com o advogado, o capitão desmentiu categoricamente ter abandonado o navio antes deste ser evacuado e afirmou ter «salvo milhares de vidas», ao realizar uma manobra para levar o navio para a costa.
Do lado do Ministério Público, foi pedido que continuasse detido, tendo o procurador Francesco Verusio afirmado «não compreender» a decisão de o libertar.
O capitão é ainda acusado pela sua própria companhia de ter desviado da rota a embarcação para fazer uma passagem mais próxima da ilha.
Segundo fontes próximas da investigação, Schettino será sujeito a análises para verificar se tinha absorvido estupefacientes ou outras substâncias tóxicas na noite do naufrágio, na sexta-feira, 13.