A imagem revela a estrutura fina dos anéis da Nebulosa Helix e mostra a forma como o gás molecular mais frio se agrega em filamentos que se estendem do centro para o exterior, «fazendo com que toda a nebulosa se assemelhe a um fogo de artifício celeste», diz o Observatório Europeu do Sul (ESO).
O telescópio de infravermelhos VISTA, do Observatório Europeu do Sul (ESO), obteve uma nova e bela imagem da Nebulosa Helix que revela filamentos de gás frio nebular, invisíveis em fotografias obtidas no telescópio óptico. Embora pareçam muito pequenos, estes filamentos de hidrogénio molecular, também conhecidos como nós cometários, são do tamanho do nosso Sistema Solar.
Dificilmente observável de outro modo, o brilho emitido pelo gás da nebulosa, que se expande em camadas finas ténues, é facilmente captado pelos detectores especiais do VISTA, sensíveis à radiação infravermelha. O telescópio consegue ainda detectar uma quantidade considerável de estrelas e galáxias de fundo.
A Nebulosa Helix situa-se na constelação Aquário. Formou-se quando uma estrela semelhante ao Sol, incapaz de manter as camadas exteriores na fase final da sua vida, libertou lentamente conchas de gás que viriam a formar a Nebulosa Helix: «um objecto complexo composto de poeira, material ionizado e gás molecular, dispostos num belo e intricado padrão em forma de flor, que brilha intensamente devido à radiação ultravioleta emitida pela estrela quente central» pode ler-se no site do ESO.
O Observatório Europeu do Sul (ESO) é a principal organização europeia intergovernamental para a investigação em astronomia, sendo o observatório astronómico mais produtivo do mundo. É financiado por 15 países europeus, entre os quais se inclui Portugal.
O ESO mantém em funcionamento, no Chile, três observatórios de ponta em La Silla, Paranal e Chajnantor. No Paranal opera o Very Large Telescope, o observatório astronómico óptico mais avançado do mundo e dois telescópios de rastreio: o VISTA, que trabalha no infravermelho e o VLT Survey Telescope, o maior telescópio concebido exclusivamente para mapear os céus no visível.
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