O primeiro-ministro lançou, esta sexta-feira, um repto aos partidos da oposição para concertar posições sobre matérias importantes, a bem da «unidade nacional».
No debate parlamentar, Passos Coelho disse que «os tempos que estamos a viver não devem contribuir para esbater as diferenças», que «são essenciais em democracia».
«Não pensamos todas da mesma maneira, nem queremos pensar todos da mesma maneira. No dia em que os portugueses perceberem que independentemente das nossas diferenças, nós nos saberemos colocar alinhados relativamente a objectivos que são importantes para o país e que o país já sufragou como sendo importantes, fazemos uma diferença assinalável e isso está também na mão dos deputados da oposição», disse.
Quando isso acontecer, vincou, «vai notar-se uma diferença muito grande entre o que se diz nas campanhas eleitorais e aquilo que depois se pratica no dia-a-dia parlamentar», entre aqueles que «nunca estão abertos nem ao diálogo nem à mudança» e os que estão disponíveis para salvar o país e a «imagem de unidade nacional».
Entratanto, Nuno Magalhães, do CDS-PP, também defendeu que «a maioria social seja superior a uma maioria politica que existe, é forte e coesa, mas que não deve impor, neste contexto de emergência nacional, a sua vontade».
Este apelo surge depois de a agência de notação financeira Standard&Poor's ter descido o "rating" de Portugal.