O fotógrafo Luís de Carvalho começou a fotografar há mais de 40 anos com rolos Kodak, mas admitiu que, com a evolução tecnológica, perdeu-se o ritual da câmara escura.
O fotógrafo Luís de Carvalho apenas fotografa com máquinas digitais, mas guarda em casa diversas caixas de fotografias e negativos que contam uma história que pode ser revisitar.
«Eu sei que uma fotografia que fiz num sítio qualquer está algures numa daquelas caixas e acabo por a encontrar, assim como os negativos que são quase uma espécie da minha arca porque é ali que está a minha vida de fotógrafo», contou o fotógrafo, em declarações à TSF.
Luís de Carvalho começou a fotografar há mais de 40 anos com a Kodak. «Guardávamos aquelas fotografias sempre com a sensação de que era um objeto nosso e único», disse.
No estúdio onde agora trabalha, são poucos os vestígios do analógico: dois ampliadores decoram ao fundo uma mesa, enquanto nas paredes estão três fotografias que celebram a Kodak a preto e branco.
Sobre o facto de agora utilizar um computador, Luís de Carvalho confessou: «Perdeu-se aquele ambiente de trabalho. A câmara escura podia ser muito cansativa mas representava um ritual».
Apesar de admitir que se perdeu um mundo mítico da fotografia, Luís de Carvalho aceita que esse é o preço a pagar pela evolução tecnológica. E a esse respeito, é perentório: «É um tempo que acabou».