Pedro Passos Coelho considerou hoje que não há condições para reduzir a Taxa Social Única este ano, por isso é preciso encontrar alternativas para melhorar a competitividade das empresas.
No final da apresentação do novo Instituto do Território, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Pedro Passos Coelho foi questionado sobre a insistência da troika, composta por Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI), na descida da Taxa Social Única (TSU).
«Nós não temos qualquer condição em 2012 de fazer qualquer desvalorização fiscal, isto é, uma baixa sensível da TSU financiada por mais impostos. Eu creio que a troika percebe isso, portanto temos de encontrar outras alternativas», afirmou.
«Algumas foram encontradas no âmbito do documento de concertação social, [mas] tencionamos ainda durante o mês de Fevereiro, na terceira grande reunião com a troika, discutir uma parte deste problema, associada ao financiamento da economia privada. [E] espero que nos possa trazer um outro olhar e uma outra flexibilidade para garantir que o financiamento estará disponível para as empresas», acrescentou.
No sábado, durante um "workshop" sobre reformas estruturais, em Lisboa, o chefe da missão da Comissão Europeia para Portugal no âmbito do acordo com a troika, Juergen Kroeger, manifestou a expectativa de que o Governo possa retomar a proposta de redução da TSU e disse que isso vai ser discutido durante as avaliações trimestrais do Programa de Assistência Económica e Financeira.