O presidente do Governo Regional da Madeira diz que o acordo que firmou, esta quarta-feira, com Pedro Passos Coelho para a assistência financeira ao arquipélago é «duro mas exequível».
Depois de, sem prestar declarações, abandonar o Palácio de S. Bento, terminada a reunião com o primeiro-ministro e o ministro das Finanças que durou cinco horas, Alberto João Jardim acabou por falar à RTP, dizendo que houve cedências de parte a parte, dando como exemplo a questão do IVA, em que acabou por prevalecer a vontade do executivo nacional.
«O IVA ficou como o Governo da República pretende, outras coisas ficaram mais para o nosso lado. O cumprimento deste programa vai ser uma espécie de corrida de obstáculos, vamos ver quem é que cumpre melhor a sua parte do programa, se é a região da autónoma da Madeira se é a República, daqui a quatro anos falamos», referiu Jardim, admitindo que o acordo é «duro mas exequível».
Assim sendo, o IVA na Madeira vai subir de 16 para 22 por cento.
Nestas declarações, Alberto João Jardim disse também que no âmbito do acordo fechado esta quarta feira, o arquipélago vai ficar sujeito a uma taxa de juro de igual valor à que Portugal acertou pelo resgate da troika, ou seja, 3,25 por cento nos primeiros três anos e 4,25 por cento no quarto ano.