O PS considera lamentável ter sido esta a opção do Governo, defendendo que o aumento da produtividade não pode justificar tudo.
O país tem no 5 de Outubro uma referência, por isso, entende o PS, acabar com este feriado (da Implantação da República) é matar a alma do povo português, diz a deputada socialista Isabel Oneto.
«Todos os feriados têm um significado histórico. No caso do 5 de Outubro, ele representa ainda hoje não só a matriz daquilo que é o nosso regime político, como também a matriz da nossa faculdade nacional», referiu a deputada, admitindo tratar-se de «uma referência hoje para todos os portugueses».
«Portanto, no caso do 5 de Outubro, achamos lamentável que o Governo tenha optado por este feriado. Não podemos procurando aumentar níveis de produtividade, por estas medidas, matar aquilo que é a alma do povo», destacou.
O argumento dado pelo Governo, de que o feriado não acaba propriamente, passando a ser celebrado no domingo seguinte, não colhe junto dos socialistas.
«O 5 de Outubro é o 5 de Outubro, é nessa data que invocamos aquilo que são os valores subjacentes aos regime político que hoje temos», lembrou.
Nesse sentido, a deputada Isabel Oneto apresentou a "alternativa" proposta pelo PS.
«O PS não tem que pensar em alternativas. Não nos compete a nós estar a pôr em cima da mesa os feriados, nem muito menos discutir com a Igreja Católica quais os feriados que devem ou não ser extintos. Aquilo que nós dizemos é que o Governo tomou uma decisão e nós somos frontalmente contra a extinção daquilo que é um símbolo vivo da nossa identidade cultural», defendeu.