O Ministério Público (MP) dispensou hoje a realização de autópsias às duas idosas, encontradas mortas na sua casa em Lisboa numa situação dramática, revelou à agência Lusa o presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML).
O responsável pelo INML, Nuno Vieira, disse que num caso como este, em que as falecidas não têm família direita, os corpos ficarão à guarda do Instituto Nacional de Medicina Legal até um período de 30 dias e caso ninguém os reclame, será comunicado à Câmara Municipal de Lisboa para proceder aos respectivos funerais.
Também o relatório de ocorrência da PSP, cujo conteúdo a Lusa teve acesso, sobre as duas irmãs idosas encontradas mortas na quarta-feira no seu apartamento na freguesia das Mercês, em Lisboa, refere que «não existem quaisquer indícios visíveis de crime».
Com a dispensa de autópsia ficam por apurar as causas da morte da mulher acamada.
Se uma primeira versão admitisse que poderia ter morrido à fome e à sede, uma fonte ligada ao processo garantiu à Lusa que, apesar do seu avançado estado de decomposição, «não apresentava indícios de subnutrição», sendo colocada a hipótese de ter falecido de insuficiência cardíaca.