Economia

Governo grego e oposição juntos nas negociações com troika

Lucas Papademos, primeiro-ministro grego Reuters

O primeiro-ministro grego assegurou que os três partidos que sustentam o governo concordam na forma de negociação das condições impostas pela troika para conceder mais ajuda ao país.

«Eu e os três líderes estamos de acordo quanto à posição na negociação pelo nosso país», assegurou o primeiro-ministro, Lucas Papademos em comunicado, no final de uma reunião de mais de três horas com Yorgos Papandréu, do social-democrata Pasok; Antonis Samarás do conservador Nova Democracia e Yorgos Karatzaferis, do ultra-nacionalista LAOS.

Papadimos acrescentou que o objectivo é tentar um acordo com os parceiros europeus que permita evitar a falência da Grécia e que o encontro de hoje com os líderes políticos serviu para pedir o seu apoio nas reuniões do executivo com os parceiros europeus.

Os três partidos têm rejeitado as exigências desses organismos como contrapartida pela ajuda financeira de 130 mil milhões de euros.

A mais polémica dessas contrapartidas é a petição para que se reduza o salário mínimo e se elimine o pagamento das horas extraordinárias no sector privado, alargando uma medida aplicada já aos funcionários públicos.

O próprio governo tem tentado para que a União Europeia e o FMI aceitem outras opções.

A proposta grega consiste em reduzir em dez por cento a Taxa Social Única (TSU) paga pelas empresas por cada trabalhador, sempre e quando cumpram uma série de condições.

«A negociação [com a UE e o FMI] é difícil apesar do progresso feito, dos sacrifícios do povo grego e dos avanços registados nas reformas», disse Papademos, que reconheceu que há muito a fazer para melhorar a competitividade da economia grega.