Numa entrevista ao DN, Paula Teixeira da Cruz disse ter encontrado muito maus negócios com sinais de ilicitude e contratos de arrendamento que entende serem injustificados.
A ministra da Justiça pediu ao Procurador-geral da República para investigar suspeitas de práticas ilícitas na gestão dos anteriores titulares da pasta da Justiça.
Em entrevista ao Díário de Notícias, Paula Teixeira da Cruz revelou a intenção em clarificar indícios de gestão danosa nas contas deste ministério.
A titular da pasta da Justiça disse ter encontrado muito maus negócios com sinais de ilicitude, isto após ter denunciado em Novembro no Parlamento indícios de crime em parcerias publico-privadas na área da Justiça.
Teixeira da Cruz, que confirmou que já ter enviado estes casos para a Procuradoria-geral da República, lamentou ter encontrado contratos de arrendamento que entende serem injustificados e que estão a ser renegociados.
Sem nunca falar em gestão danosa, a titular da pasta da Justiça apontou o dedo ao anterior Governo pelos contratos lesivos para o Estado e garantiu que a renegociação de contratos nos últimos seis meses já levou a uma poupança de seis milhões de euros.
Paula Teixeira da Cruz sublinhou ainda a intenção em baixar a despesa com o apoio judiciário, que está a custar mais de 50 milhões de euros por ano ao Estado.
Esta ministra quer também introduzir alterações no sistema penal, uma vez que a reforma feita em 2007 teve como objectivo responder ao processo Casa Pia.
Na entrevista ao DN, a titular da pasta da Justiça criticou ainda a reforma da Acção Executiva foi um «fracasso absoluto» e classificou-a de «cancro do faça-se justiça» e disse querer leis mais simples e justiça mais rápida.
Sobre o seu cargo, Paula Teixeira da Cruz disse nunca ter hora para o sair do ministério, sentido-se numa «prisão domiciliária com muito poucas saídas precárias».