Economia

Transportes: Ministro diz que greve não altera «inevitável» reestruturação do setor

A greve de quinta-feira das empresas de transportes é um «direito que assiste» aos trabalhadores, mas não altera a inevitável reestruturação do setor, disse o ministro da Economia.

«O direito à greve é um direito que assiste aos trabalhadores, mas temos de perceber que não há volta a dar em relação à reestruturação do setor do transportes», afirmou Álvaro Santos Pereira, à margem de um encontro hoje em Lisboa do setor do turismo.

Ainda sobre a reestruturação das empresas de transportes públicos, cuja dívida corresponde a 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o ministro acrescentou: «Tudo [a reestruturação] será feito, e auscultando os representantes dos trabalhadores. A reestruturação é para ir para a frente porque não há alternativa».

Os passageiros dos transportes públicos enfrentam na quinta-feira a terceira greve das empresas públicas do setor em três meses, cujos efeitos começam a fazer-se sentir já hoje ao final do dia.

Depois da greve das empresas do setor dos transportes de 08 de novembro e da greve geral de 24 de novembro (que afetou as empresas de transportes), a paralisação de quinta-feira será a terceira a afetar os utentes dos transportes públicos.

O Metropolitano de Lisboa (ML), a Carris, a CP - Comboios de Portugal, a CP Carga, a Refer, a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), Transtejo e Soflusa são as empresas afetadas pela greve.

A paralisação terá uma duração de 24 horas em todas as empresas, com exceção do grupo Trasntejo/Soflusa, onde os trabalhadores vão parar três horas por turno.

Os sindicatos que apresentaram os pré-avisos de greve contestam as medidas anunciadas pelo Governo para o setor dos transportes, como as privatizações e a redução de serviços.

[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]