O presidente do grupo Transtejo confirmou, à TSF, que até final de Fevereiro haverá uma redução de 48 ligações entre as duas margens do Tejo, admitindo por isso uma redução de pessoal.
Em declarações à TSF, João Pintassilgo, presidente do conselho de administração do grupo Transtejo, confirmou que até ao final deste mês haverá uma redução de 48 ligações entre as duas margens do Tejo, sobretudo ao fim-de-semana.
«Na carreira do Barreiro em dia útil vão ser reduzidas três ligações, ao sábado oito ligações e ao domingo 11. Cacilhas-Cais do Sodré vão ser reduzidas quatro ligações em dia útil, nas horas de vazio, ao sábado e ao domingo vamos reduzir nove ligações. Montijo -Terreiro do Paço vamos reduzir duas ligações em dia útil, duas ao sábado e uma ao domingo», referiu.
«Seixal-Cais do Sodré vamos reduzir cinco ligações em dia útil, seis ligações ao sábado e ao domingo. Trafaria-Belém vamos reduzir duas ligações em dia útil, três ao sábado e domingo», acrescentou.
João Pintassilgo explicou que «este ajuste de oferta é feito com base em dados precisos dos passageiros que actualmente viajam nos nossos navios».
O presidente do conselho de administração do grupo Transtejo não adiantou quantos trabalhadores poderão ser despedidos, mas confirmou que o número de funcionários terá de ser reduzido.
«Se reduzimos ligações, reduzimos horas de trabalho, naturalmente que vão surgiu trabalhadores excedentários. Quantos? Não consigo dizer, nem diria porque é uma matéria tão sensível e delicada que em primeira mão deve ser tratada com os próprios», defendeu João Pintassilgo.
«Mas é uma realidade, e com toda a transparência digo que com esta alteração de paradigma que houve relativamente aos ajustes neste momento estamos a recalcular o que pode acontecer em termos de ajustes de pessoal, que dentro do possível vamos procurar absorver em outras funções», afirmou.
O presidente do grupo Transtejo diz que esta decisão depende agora do Governo, mas adiantou que dificilmente será conhecida durante o mês de Fevereiro.
Esta quinta-feira, os passageiros dos transportes públicos enfrentam a terceira greve do sector em três meses, os efeitos começam a sentir já ao final da tarde de hoje concretamente na CP, mas as empresas afectadas são várias: Metropolitano de Lisboa, Carris, CP Carga, Refer, Transtejo, Soflusa.