A chanceler alemã afirmou, esta quinta-feira, que o euro «fortaleceu» a Europa, mas salientou que os países da União Europeia «têm de tornar-se mais competitivos».
«O euro tornou a Europa mais forte», disse Angela Merkel numa conferência de cerca de uma hora na Academia Chinesa de Ciências Sociais (ACCS), realizada pouco depois de chegar a Pequim, acompanhada por dezenas de empresários e jornalistas.
No início de uma visita de três dias à China - a quinta desde que dirige o governo alemão - Merkel disse que a União Europeia «esta no caminho certo» e que alcançou «grandes progressos» nos últimos anos.
A chanceler alemã salientou, contudo, que a Europa «tem de tornar-se mais competitiva», «reduzir a burocracia», «abrir mais sectores económicos» e «não, necessariamente, gastar mais dinheiro».
«Se não fizermos isso mais empresas irão deslocalizar-se (...) Nos últimos anos, a competição internacional tornou-se mais dura e a Europa tem de adaptar-se», disse.
Defendendo o «pacto orçamental» aprovado esta semana por 25 dos 27 Estados-membros da União Europa, Merkel advertiu que «só os países cumpridores poderão receber ajuda no novo fundo europeu».
A chanceler alemã defendeu também «uma maior coesão entre os sistemas de protecção social», referindo que «em alguns países a idade da reforma é aos 57 anos enquanto noutros é aos 67».
A Alemanha é o maior parceiro comercial da China dentro da União Europeia e, segundo Merkel, o governo alemão deseja «fazer avançar a parceria estratégica» entre os dois países.
«Temos com a China uma relação de trabalho muito estreita e ao mais alto nível», disse a chanceler alemã.
Por seu lado, na conferência de imprensa conjunta com Angela Merkel, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, destacou a urgência de ser solucionada a crise de dívida da Europa.
A insegurança em torno da moeda única não descansa o governo chinês enquanto investidor.