O ministro das Finanças deu posse a Maria Clara Domingues como mediadora do crédito, uma entidade capaz de mediar conflitos e pedidos de quem é incapaz de pagar os empréstimos.
A mediação do crédito já existe desde 2009, mas há poucos pedidos e pouca divulgação. Assim sendo, dar a conhecer que entre instituição financeira e um cliente, há uma mediação que envolve o Banco de Portugal é uma das principais tarefas da nova mediadora, Maria Clara Domingues.
O problema reside nos meios. Apenas cinco pessoas tentam dar conta do recado, nada que preocupe a nova mediadora, mesmo com este dado: há 37 mil famílias sem pagar créditos.
Maria Clara Domingues, que trabalhou 33 anos no Banco de Portugal, os últimos dez anos na supervisão bancária, vai gerir uma entidade que pretende mediar conflitos, mediante pedidos de quem se sente incapaz de pagar créditos ou lesado por um banco.
Mas a ideia do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, é reduzir os empréstimos porque «a diminuição do endividamento das famílias é inevitável».
«Infelizmente os incentivos à poupança têm sido até agora insuficientes. Com efeito, de acordo com o Banco de Portugal, após um aumento da taxa de poupança em 2009, para 10,9 por cento, esta tem vindo a reduzir-se, situando-se em 8,1 por cento no final de Junho de 2011. Este é um valor baixo quando comparado com outros países da área do euro», defendeu o ministro.