A central sindical CGTP manifestou-se contra o «abatimento» pelo Governo dos centros Novas Oportunidades «sem qualquer avaliação prévia» e por aparente «interesse economicista».
A nota de imprensa foi divulgada pouco depois da secretária de Estado do Turismo ter confirmado, no Parlamento, que os centros Novas Oportunidades de Coimbra, Lisboa e Faro foram encerrados por não estarem a atingir os objetivos propostos.
No dia 31 de janeiro, a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional anunciara que vão encerrar 129 daqueles centros, mantendo-se em funcionamento, até agosto, outros 301, sem especificar se vão prosseguir a sua atividade para além daquele mês.
«Não se vislumbra outra justificação que não seja a questão financeira, sendo que, uma vez mais, os únicos penalizados serão os trabalhadores», considera a CGTP, referindo-se aos formadores e professores que lecionam naquelas unidades e aos formandos que as frequentam.
A iniciativa Novas Oportunidades foi criada em dezembro de 2005, pelo anterior Governo, com o objetivo de atribuir equivalência até aos 12º ano a adultos e jovens que tivessem abandonado a escola antes de concluir aquele nível de formação.
Para a CGTP-IN, «o problema do Programa Novas Oportunidades não era a sua existência, mas o aproveitamento político que dele foi feito pelos governantes e uma eventual menor exigência que cavou uma visível distância entre a certificação e a qualificação».
A central sindical manifesta o seu «profundo desacordo» com a decisão do governo e pede uma «avaliação séria e rigorosa do programa já desenvolvido e, em sequência, uma reorganização, com efeitos a partir do próximo ano letivo».
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]