Segurança

GNR: Militares promovem «Passeio contra as injustiças» a 1 de março

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A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) e a Associação Nacional de Sargentos da Guarda (ANSG) vão realizar um protesto a 1 de março no Terreiro do Paço, em Lisboa.

Os sargentos e praças mais antigos da GNR sentem-se prejudicados. «Fomos formados para fazer respeitar a lei e agora confrontamo-nos com o Estado a não respeitar a lei connosco», lamentou o presidente da ANSG, em conferência de imprensa.

«Queremos saber qual a solução do senhor ministro [da Administração Interna] para pagar os retroativos a militares que já há 10 anos se encontravam num posto e que foram colocados na nova tabela dois anos depois dos mais novos», não lhes sendo pagos os retroativos, disse José O'neill, ao falar do protesto denominado «Passeio contra as injustiças».

O presidente da ANSG sublinhou que os militares da GNR estão «abertos à negociação». «Sabemos que o pais está em crise, mas tem de haver uma resposta para isso», defendeu.

Na GNR existe uma nova tabela remuneratório desde 2010, mas só no mês passado é que os guardas mais antigos integraram essa tabela. Por isso, a Associação dos Profissionais da Guarda pede 24 meses de retroativos para esses militares.

«Não pedimos que nos diferencie de outros cidadãos, apenas queremos aquilo que é nosso por direito, que é devido pelo Estado», disse Sérgio Nogueira, da APG, frisando que se a Assembleia da República não tinha condições para fazer a aplicação da nova tabela não a devia ter criado.

Desde janeiro de 2010 que estes profissionais estão a ser regidos por duas tabelas, sendo que só agora foram passados para uma única tabela, disse Sérgio Nogueira, acrescentando: «Para colmatar um erro criaram outros erros porque criaram-se desigualdades entre os profissionais».

Enquanto não chegar uma solução política, as associações sindicais avançaram já para os tribunais a pedirem justiça.

Redação