O secretário-geral da Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) pediu, esta quarta-feira, mais tempo para negociar as propostas do Governo para agilizar a mobilidade na função pública.
«Estas propostas causam-nos perplexidade e estranheza», sendo que «nada está especificado», pelo que, para já, «não podemos dizer que queremos negociação, porque não sabemos o que está dentro daquela negociação», disse. «Se for para suprimir direitos aos trabalhadores continuadamente não aceitamos», acrescentou.
Nobre dos Santos sublinhou que «o princípio da negociação é baseado na boa-fé», logo «tem de haver tempo para negociar com peso, conta e medida».
O sindicalista acusou o Governo de estar a «tentar a resolver as coisas com grande rapidez, algo que não é compatível com a seriedade que se pretende no processo negocial».
«A negociação tem um preço, que não pode ser um prato de lentilhas. Os trabalhadores não podem estar sujeitos a qualquer arbitrariedade por parte da administração», defendeu, referindo que todos os princípios que vêm apontados no documento para a reunião entre o Governo e os sindicatos são «vagos».