A agência de notícias reconhece que na elaboração da notícia sobre encontros de Domingos com dirigentes do FC Porto, não respeitou as normas essenciais do Código Deontológico do Jornalista.
Numa curta nota, a agência Lusa informa que colocou em linha segunda-feira a notícia de que a decisão de afastar Domingos Paciência do comando técnico do Sporting ter-se-ia ficado a dever ao conhecimento de encontros entre o treinador e dirigentes do FC Porto.
De acordo com a Lusa, na base desta notícia estava uma fonte em quem o jornalista, autor da peça, tinha toda a confiança, mas cuja identidade não foi revelada, a pedido da própria fonte.
No dia seguinte, (terça-feira), Domingos Paciência emitiu um comunicado anunciando a intenção de processar judicialmente a Lusa, por ter divulgado uma informação que considerou totalmente «falsa» e «caluniosa».
A direção de informação da Lusa reconhece hoje que, na elaboração desta notícia, não respeitou as normas essenciais do Código Deontológico do Jornalista nem as regras do Livro de Estilo da Agência, nomeadamente a parte em que se determina que "a informação recebida sob condição de não identificar a sua origem requer redobrada exigência na sua confirmação".
Nesse sentido, a direção de informação reserva-se no direito de denunciar a identidade da fonte, caso venha a averiguar que essa fonte agiu de má fé, induzindo a Lusa em erro, cumprindo assim o que diz o seu Livro de Estilo: a regra de proteção da identidade da fonte pode ser questionada quando se verificar que ela "manifestamente usou a proteção da sua identidade para canalizar informações falsas".