Mário Soares, Eduardo Lourenço, Carvalho da Silva, Almeida Santos são alguns dos subscritores de um documento que condena o uso de expressões como: "Não somos a Grécia2".
O grupo considera que essa preocupação doméstica é chocante no seio da União Europeia e desajustada quando se sabe que a crise não é só grega mas europeia.
O bispo D. Januário Torgal Ferreira foi um dos que assinou o texto, divulgado esta quarta-feira. Ele confessa-se entristecido com o distanciamento, a falta de apoio e o tratamento que está a ser dado à Grécia num momento de aflição.
«Aquilo a que nós temos assistido das grande potencias europeias a ver se nós nos desenvencilhamos deste corpo mais ou menos moribundo, tóxico, ainda nos vem desgraçar. Sinto-me muito entristecido por todo este distanciamento, que significa tudo menos apoio, aproximação, sensibilidade, mãos dadas para encontrarmos soluções iguais», contesta.
D. Januário Torgal Ferreira vai mais longe e diz que a Europa não pode agir como um agiota.
Mais solidariedade com a Grécia é o que pedem as 30 personalidades que assinaram o documento, defendendo que só com o apoio de todos é que podem ser criadas condições para dar respostas consistentes de uma Europa solidária aos problemas sociais dos gregos e europeus.