No Dia Internacional do Síndrome de Asperger, a presidente da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA) defendeu que são precisos mais apoios e informação sobre a doença.
Em Portugal calcula-se que existam 40 mil pessoas, na maioria rapazes, com este síndrome, uma perturbação neurocomportamental de base genética que se manifesta por alterações sobretudo na interacção social, na comunicação e no comportamento e que afecta maioritariamente rapazes.
A incompreensão da sociedade e a dificuldade de inserção na vida ativa continuam a ser os principais problemas que as famílias enfrentam.
«A principal dificuldade é o desconhecimento da sociedade, do qual advém depois a dificuldade de os aceitarmos e entendermos», alertou a presidente da APSA.
Piedade Líbano Monteiro explicou que quando a doença é diagnosticada em criança, é muito mais fácil os doentes terem o «acompanhamento necessário» para chegarem à adolescência e à idade adulta «"treinados" para viver na nossa sociedade».
«Estas terapias ainda são muito caras no nosso país e não são garantidas em termos de subsídio estatal, daí a grande dificuldade», lamentou, defendendo que estes pacientes deviam ter um «estatuto especial» com direito a «um subsídio que lhes proporcionasse as terapias de que necessitam», como a terapia da fala e a terapia ocupacional.
Para proporcionar formação, treino de competências sociais e a descoberta de aptidões profissionais, a associação está a requalificar um edifício em Benfica que vai funcionar como centro de atividades ocupacionais e residência autónoma.