As bolsas europeias seguiam esta terça-feira em ligeira queda, aguardando pela reunião dos ministros das Finanças da União Europeia que se reúnem hoje de manhã em Bruxelas.
Depois de segunda-feira os 17 responsáveis pela Zona Euro terem chegado a um acordo sobre o segundo pacote de ajuda financeira à Grécia, no valor de 130 mil milhões de euros, nos primeiros minutos de negociação o Eurostoxx 50 seguia a descer uns ligeiros 0,05 por cento, para 2.5551,43 pontos, com as principais praças a variarem entre as quedas de 0,44 por cento de Paris e de 0,03 por cento de Milão, à exceção de Madrid que seguia a ganhar 0,02 por cento.
Lisboa acompanhava as congéneres europeias e recuava 0,55 por cento.
A reunião desta terça-feira terá início sensivelmente quatro horas após o final de uma longa maratona negocial de cerca de 13 horas no Eurogrupo, concluído cerca das 05:00 da madrugada (04:00 de Lisboa), no qual foi finalmente dada "luz verde" a um novo resgate à Grécia, a que se junta um perdão parcial da dívida por parte dos credores privados, para 120,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020.
O encontro desta terça-feira, a 27, terá início com um pequeno-almoço às 09:00 locais (08:00 de Lisboa), para os 10 Estados-membros que não pertencem ao euro serem informados do desfecho da reunião do Eurogrupo, e ainda para uma discussão sobre a atual situação económica.
Na reunião formal, que terá início uma hora depois, as atenções estarão focadas nas duas propostas de reforço da governação económica que a Comissão Europeia apresentou em novembro passado, ambas com vista a apertar a vigilância dos Estados-membros que ameaçam a estabilidade da Zona Euro.
Um regulamento visa o reforço da vigilância dos «Estados-membros da Zona Euro que estão a experimentar perturbações financeiras graves ou que se encontram sob assistência financeira», e prevê uma «vigilância pós-programa» para aqueles países sob planos de resgate, como é o caso atual de Portugal.
De acordo com a proposta do executivo comunitário, Portugal será alvo de uma vigilância reforçada até ter pago três quartos dos empréstimos que está a receber ao abrigo do programa de ajuda externa, tal como sucederá com a Grécia e a Irlanda.
O segundo regulamento visa melhorar a vigilância dos Estados-membros com procedimentos por défice excessivo, apontando os passos e condições graduais para permitir que a Comissão e o Conselho possam avaliar os orçamentos nacionais e dar a sua opinião antes de estes serem aprovados pelos parlamentos nacionais.
A ideia é que, permanecendo a palavra final em sede dos parlamentos nacionais, a Comissão possa reclamar uma segunda leitura, se necessário, e depois monitorizar a execução dos orçamentos e se necessário solicitar alterações.