Economia

Dívidas de empresas públicas vão ser assumidas pelo Estado

Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes Global Imagens

O secretário de Estado dos Transportes afirmou que as dívidas das empresas públicas do sector serão assumidas pelo Estado e não serão os utentes ou os trabalhadores a pagá-las.

O secretário de Estado dos Transportes disse, esta terça-feira, que será o Estado não os trabalhadores ou os utentes a pagar as dívidas das empresas públicas do sector.

Sérgio Monteiro referiu que o Governo está a sensibilizar a troika nesse sentido, porque uma solução que passasse por aumentar o preço das viagens ou a penalização dos funcionários dessas empresas seria injusta.

«Esta dívida não pode ser tratada de forma diferente da dívida pública. Tem de ser gerida da mesma forma porque esta dívida, tendo ou não garantia do Estado, foi contratada com o acordo de governo anteriores, não podem ser nem as administrações, nem os trabalhadores diabolizados por conta de opções de governos anteriores», explicou.

«A negociação está a ser discutida com a troika, estamos a verificar todas as opções existentes no mercado para maximizar a poupança para o lado do Estado. Mas aquilo que importa sublinhar é que não serão nem os utentes, através de bilhetes, nem os trabalhadores, através das negociações futuras dos acordos de empresa, a pagar essas dívidas», assegurou.

Estas declarações foram feitas pelo secretário de Estado, Sérgio Monteiro, no final de uma reunião com dirigentes da federação dos sindicatos dos transportes e comunicações.

Trata-se de um «setor que aceitou o repto do Governo e que apresentou os resultados que apresenta até aqui, não pode ser considerado um patinho feito ou, quando muito, era um patinho feio e agora é um cisne», afirmou o secretário de Estado das Obras Públicas.

Isto «porque conseguimos paz social, reestruturar a oferta nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto com o acordo de todos e vamos aprofundar as medidas de reestruturação operacional com a fusão de empresas», acrescentou o governante.

Porém, os dirigentes da federação dos sindicatos dos transportes e comunicações não saíram satisfeitos do encontro.

«O senhor secretário de estado falou muito em diálogo, e nós tivemos a oportunidade de lembrar que já há um conjunto de medidas que foram tomadas, nomeadamente o plano de reestruturação da oferta nas cidades de Lisboa e do Porto, em que os sindicatos não foram tidos nem achados em qualquer discussão», destacou José Manuel Oliveira, sublinhando que a manter-se esta postura «teremos um conjunto de problemas e a manutenção dos conflitos nas empresas de transportes».

Os representantes de 20 organizações, que representam os trabalhadores do sector, pediram esta reunião para esclarecer dúvidas em relação as medidas que o Governo tem vindo a implementar nas empresas de transportes públicos, mas ,de acordo com o porta voz da FECTRANS, José Manuel Oliveira, os sindicalistas saíram sem respostas.

Redação