A Comissão de Trabalhadores da RTP defendeu hoje que todos os canais de serviço público, incluindo os pagos, deviam ser acessíveis gratuitamente, em sinal aberto, porque os contribuintes já financiam em parte os conteúdos emitidos pela televisão pública.
A Comissão de Trabalhadores reage, em comunicado, a uma notícia divulgada esta semana pelo jornal Correio da Manhã, que, citando o ministro da tutela, Miguel Relvas, titulava que «o Governo está a trabalhar com afinco para que o canal Parlamento, distribuído por cabo e, por isso, pago, possa integrar a oferta [gratuita] da Televisão Digital Terrestre (TDT)».
O ministro dos Assuntos Parlamentares adiantou que a Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM) «já deu o seu aval à inclusão deste canal na TDT» e que «a PT vai disponibilizar, de forma gratuita, a frequência em que será emitido».
Miguel Relvas afastou a possibilidade de outros canais por cabo serem disponibilizados em sinal aberto, na TDT.
No comunicado, a Comissão de Trabalhadores da RTP sustenta que não só o canal Parlamento, mas também outros canais pagos como o RTP Memória e o RTP Informação, ou os canais da RDP, enfim, «todos os canais de serviço público», deveriam «ser gratuitamente acessíveis ao público através da TDT».
Para a Comissão de Trabalhadores, «os contribuintes que financiam, com os seus impostos, a indemnização compensatória e pagam uma taxa de audiovisual, não deveriam pagar, pela terceira vez, nas suas assinaturas da televisão por cabo, uma parte dos conteúdos emitidos pela RTP».