A UGT considera que esta ideia não coloca as coisas no «bom caminho». O deputado socialista Miguel Laranjeiro diz que, desta forma, se deita fora o conhecimento de centenas de técnicos.
O líder da UGT mostrou-se intranquilo pelo facto de o Governo estar na disposição de entregar dados relativos a desempregados a empresas privadas no âmbito da ideia de apoiar estas empresas se colocarem no mercado de trabalho desempregados que não estejam a ser subsidiados.
Ouvido pela TSF, João Proença diz que esta ideia lhe parece envolver uma «visão liberal» e não é um bom caminho. «O bom caminho é reforçar os centros de emprego, dar capacidade técnica para uma entrevista individual aos desempregados e um apoio individualizado aos desempregados», explicou.
Por seu lado, o deputado socialista Miguel Laranjeiro, que integra a Comissão Parlamentar de Trabalho, considerou que com esta ideia o «Governo apresentou mais um plano de actividade do Instituto de Emprego do que um programa de emprego».
«Esta questão de colocar em entidades privadas aquilo que devia ser feito no Instituto de Emprego levanta as maiores dúvidas ao PS. Não cria o Governo condições ao serviço público de emprego», frisou.
Desta forma, «vão organizar fora deitando fora o conhecimento, experiência e a prática de centenas de técnicos e funcionários públicos que trabalham nos centros de emprego para pagar a entidades privadas».