Cavaco Silva insistiu, hoje, que é importante continuar a desenvolver um esforço sério de promoção das exportações e do investimento, para que não se confirmem as previsões mais pessimistas.
Com Bruxelas a prever uma recessão de 3,3 por cento para Portugal durante este ano, o Presidente da República apela à união de esforços e diz que é preciso «trabalhar bem» para que este cenário não se concretize.
«Eu tenho alguma esperança de que os resultados no ano de 2012 sejam melhores do que as previsões avançadas, mas para isso temos que estar todos unidos, trabalhar muito, trabalhar bem e com qualidade», referiu.
Cavaco olha para os números e não tem dúvidas: são assustadores.
«Nós temos que fazer tudo aquilo que estiver ao nosso alcance, unidos para conseguir que a realidade seja melhor do que algumas previsões. Porque algumas previsões que foram apresentadas assustam qualquer pessoa», revelou.
E para que o resultado seja diferente do prognóstico há três palavras-chave: competitividade, exportações, investimento privado.
«Nós temos que melhorar a competitividade do país para exportar mais e temos que ganhar a confiança de empresários portugueses, estrangeiros, empresários da diáspora, para que eles possam investir mais no país, principalmente produzindo bens que possam ser exportáveis», defendeu.
Cavaco Silva falava à margem do Congresso Mundial das Comunidades Portuguesas, onde deixou dois apelos.
O primeiro, dirigido à diáspora para que invista em Portugal e espalhe a mensagem de que o país está a cumprir o acordado com a troika.
O segundo apelo foi para as autoridades e a administração pública portuguesas para que correspondam com eficácia e transparência aos projectos de investimento dos portugueses que estão a viver lá fora.