Política

Passos garante que «não há guerra de capelinhas» dentro do Governo

Pedro Passos Coelho

O primeiro-ministro rejeitou, no Parlamento, qualquer «desmantelamento de ministério» ou «guerra de capelinhas» dentro do Governo por causa da gestão dos fundos do QREN.

«Isso não existe no Governo, sr. deputado. Não há desmantelamento de ministérios nem há nenhuma guerra de capelinhas dentro do Governo», garantiu Passos Coelho em resposta ao líder do Bloco de Esquerda, no debate quinzenal.

Segundo Francisco Louçã, «algo bate errado no Governo, uma vez que não se entendem».

No entanto, sublinhou, «tenho uma notícia para lhe dar: para o país a divisão governamental entre 'alvaristas' e 'vitoristas' não tem nenhuma importância».

«O que nós pretendemos saber é como são utilizados os fundos, não para a engenharia financeira, mas para a criação de emprego», destacou.

No debate quinzenal, Passos Coelho afirmou também que a Lusoponte «precisou de ser indemnizada» pelo Estado por não ter ficado com a receita das portagens cobradas durante o mês de agosto de 2011.

As palavras do chefe do Governo foram proferidas depois de questionado, de novo, pelo líder do BE sobre uma compensação paga pelo Estado à Lusoponte, apesar de esta em 2011 ter cobrado portagens no mês de agosto.

O coordenador bloquista acusou ainda o secretário de Estado de não dizer a verdade e de «enganar» o primeiro-ministro, oferecendo-se para entregar ao primeiro-ministro uma cópia do despacho assinado a 21 de novembro, «que determina o pagamento de 4,4 milhões de euros».

Em relação ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o primeiro-ministro defendeu que «é preciso analisar programa por programa estas execuções, suspender ou mesmo anular os contratos que não têm execução e reprogramar aqueles que podem ser mais bem utilizados até ao fim do programa vigente».