O programa de assistência da 'troika' a Portugal «está a correr como o previsto», disse o presidente do BCE que, no entanto, não comentou a possibilidade de um segundo resgate.
Durante uma conferência de imprensa em Frankfurt, Draghi foi interrogado sobre a possibilidade de Portugal, tal como aconteceu à Grécia, receber um segundo resgate financeiro, para lá dos 78 mil milhões de euros já acordados.
Draghi passou a palavra ao seu vice-presidente português, Vítor Constâncio, notando apenas que «a segunda revisão da 'troika' [BCE, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional] mostrou que, tanto do ponto de vista orçamental como estrutural, o programa está a correr como previsto».
Constâncio reiterou que a avaliação positiva da 'troika' ao programa português «é a questão essencial».
«O resto são perceções do mercado. As autoridades da zona euro disseram várias vezes em termos muito claros que havia um único caso em que seria necessário o envolvimento do setor privado» no reajustamento da dívida, disse Constâncio, referindo-se ao caso da Grécia.
«Não haverá mais casos» de envolvimento do setor privado na renegociação da dívida soberana de um país da zona euro, acrescentou Constâncio. O antigo governador do Banco de Portugal não comentou diretamente, contudo, a possibilidade de um segundo resgate para Portugal.