O secretário-geral do PCP acusou o Banco de Portugal e o Governo de terem uma «postura subserviente e reverente» face à banca e apelou à adesão à greve geral de 22 de março.
O secretário-geral do PCP acusou o Banco de Portugal e o Governo de terem uma «postura subserviente e reverente» em relação à banca.
No teatro Rivoli, no Porto, Jerónimo de Sousa lembrou que «muitas vezes ouvimos dizer, mesmo por gente bem intencionada que não há dinheiro para nada, mas ele aparece sempre quando se trata de assegurar os interesses da banca e dos banqueiros e dos grandes grupos económicos».
Num espaço completamente cheio, o líder comunista recordou que «nestes últimos três meses, em duas operações do BCE, estima-se que foram entregues à banca nacional cerca de 37 mil milhões de euros, mas num empréstimo a um por cento de juros».
No comício comemorativo do 91º aniversário do PCP, Jerónimo lembrou ainda que o «Estado, que por sua vez não se pode financiar diretamente no BCE, é financiado pela troika a juros agiotas de cinco por cento e é-lhe exigido um programa draconiano».
O secretário-geral comunista aproveitou ainda para apelar à greve geral convocada pela CGTP para 22 de março, uma vez que está em causa a perda de «no ano inteiro sete dias feriados e de férias, horas extraordinárias e segurança no emprego».