Os ministros das Finanças da Zona Euro aceitaram aligeirar a meta do défice para este ano. Em vez dos 4,4% inicialmente propostos, a Espanha poderá acabar o ano com um défice de 5,3%.
Apesar da cedência Europeia, o governo de Madrid viu a sua reivindicação ser apenas parcialmente atendida. A Espanha pretendia um défice ainda mais alto, esperava que o objetivo fosse fixado nos 5,8 por cento.
Um precedente agora aberto mas que não poderá ser aplicado em Portugal. Espanha e Portugal estão em condições diferentes, e o ministro das Finanças Vitor Gaspar esclarece que a ideia é impensável.
«Um país que está sobre programa tem um espaço fiscal inexistente e está comprometido, pelo próprio desenho do programa, a manter os seus limites orçamentais, independentemente da evolução das circunstâncias macro-económicas», explicou.
Mas foi deste ponto, que o governo espanhol se socorreu para exigir uma meta mais flexível e que foi aceite pelos ministros das Finanças.
«Dado que o nível de atividade económica é particularmente gravoso em 2012, com uma recessão prevista pelo governo espanhol de 1,7 por cento, o esforço estrutural proposto era já maior em 2012 do que em 2013», declarou.
Ainda assim, o Eurogrupo não aceitou que o défice espanhol se ficasse nos 5,8 por cento, exigindo uma meta de 5,3.
No final da reunião do Eurogrupo, Vítor Gaspar, em declarações ao jornalistas, afastou ainda qualquer tipo de especulação sobre a possibilidade de Portugal vir a socorrer-se de um segundo resgate.